Comissão de Saúde da AL cobra ampliação
do Hospital de Câncer
A Comissão de Saúde (CAS), da Assembléia Legislativa
do Estado do Amapá, voltou a discutir na tarde de ontem (24),
a situação do Hospital de Câncer, na zona norte,
em que a obra está parada há mais de 5 anos. A comissão
também ouviu o representante do secretário estadual
de Saúde, arquiteto Shikarrito Fugishima, sobre a estrutura
do Hospital Geral de Macapá. Por mais de duas horas, o arquiteto
foi sabatinado pelos membros da Comissão, deputados: Dalto
Martins, Moisés Souza, Ruy Smith e Manoel Brasil, que procuraram
saber da possibilidade de ampliar a área onde está construída
o Hospital de Câncer, com maior número de leitos, que
possa atender os casos de queimaduras, unidades de tratamentos intensivos
(UTI), centro cirúrgico, para atender a demanda de saúde
da zona Norte de Macapá.
O deputado Moisés Souza falou da necessidade da ativação
do Hospital, pois a obra já está liberada pela Justiça
Estadual, e que essa ativação está dependendo
única e exclusivamente do Prefeito Roberto Góes.
Para o arquiteto o prédio do Hospital de Câncer foi
construído com uma estrutura moderna e não permite mudanças.
Shikarrito Fugishima informou que uma das metas do governador Waldez
Góes, na área de saúde é construir uma
maternidade com capacidade para 150 leitos, próximo ao loteamento
Palmares, na zona Norte, que vai custar aos cofres do Governo cerca
de R$ 30 milhões.
Quanto ao Hospital Geral de Macapá, o representante da secretaria
de Saúde, Shikarrito Fugishima disse que será investido
quase 16 milhões na unidade de câncer, que ficará
dentro da atual estrutura. “A construção do anexo
do Hospital Geral de Macapá, foi um dos grandes erros do setor
de saúde do Governo do Estado”, criticou o deputado Manoel
Brasil.
Segundo o deputado, a estrutura arquitetônica do Hospital Geral,
está falida e não apresenta condições
de ampliação. O hospital foi construído na década
de 40 e já passou por várias reformas, o que compromete
a estrutura. “Na minha opinião, esse hospital tinha que
ser demolido. Aquilo é mais uma indústria de reformas”,
disse Manoel Brasil.
Para o também médico Dalto Martins, tem que dar um
basta nessa festa de problemas do setor de saúde do Estado.
Dalto Martins disse que a cada dia a situação da saúde
no Estado do Amapá, piora. “Há 15 anos, eram realizadas
cerca de 50 cirurgias por mês no Hospital Geral. Hoje, essa
média caiu 50%”, comentou.
A comissão estará visitando hoje (25), às 8
horas as instalações do Hospital Geral de Macapá,
onde vai verificar in-loco a realidade do local.
Hospital estadual de Oiapoque
O deputado Dalto Martins, questionou a construção
do hospital estadual de Oiapoque, que teve inicio dois meses antes
da eleição e hoje, está parada.
De acordo com o arquiteto, no município o hospital construído
a cerca de 20 anos, ainda no governo Anníbal Barcellos, recebeu
apenas uma reforma simples, já que os hospitais de porte médio
recebem recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). O
projeto previa a construção de um novo centro cirúrgico
e um centro de atendimento de emergência, que o classifica como
unidade tipo 2, para o Ministério da Saúde.
Segundo o arquiteto Shikarrito Fugishima, a condição
da rodovia que liga Macapá ao município de Oiapoque,
estava em péssimas condições de tráfego,
dificultando o transporte de material de construção
e equipamentos.
A justificativa não convenceu os deputados. Dalto Martins,
disse que a estrada nunca esteve fechada em decorrência de grandes
atoleiros, sendo que por semana são transportados para o município
30 mil litros de óleo diesel. “Por semana são
gastos mais de 20 mil litros de óleo por dia para funcionar
o motor de energia elétrica. Nesses últimos seis meses,
nunca fiquei sabendo que fechou a estrada. A realidade hoje, é
que o povo está sofrendo. O município tem o maior número
de pessoas com dengue, são mais de 500 casos”, explicou.
Everlando Mathias
Assessor de Comunicação