Denúncias envolvendo secretarias serão debatidas em
audiência pública
Foi aprovado em regime de urgência, na sessão ordinária
de hoje (23), da Assembléia Legislativa do Amapá (AL),
requerimento do deputado estadual Moisés Souza (PSL), para
a realização, no próximo dia 2 de abril, de uma
audiência pública para debater supostas irregularidades
em contratos emergenciais das secretarias estaduais de Saúde
(Sesa) e Educação (Seed) com empresas de vigilância.
O pedido deu-se, de acordo com a proposição, para atender
pedido formal (via ofício), do Sindicato dos Vigilantes do
Amapá (Sindviap).
"Seria uma quantia altíssima, algo em torno de quatrocentos
milhões de reais, nos últimos seis anos. Existe muita
informação sobre esse processo. Nosso objetivo é
colocar tudo às claras. A sociedade espera uma resposta e a
Assembleia vai procurar responder. Chegou ao ponto de ocorrer uma
operação da Polícia Federal dentro da Secretaria
de Educação", explicou o deputado Moisés
Souza.
Pedido de CPI
Já possui 10 assinaturas o requerimento 0202/09, também
de autoria de Moisés Souza (PSC), que pede a instalação
de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para
investigar os contratos, de janeiro de 2003 a fevereiro de 2009, da
Sesa e Sead.
A solicitação inclui ainda, a legalidade nos procedimentos
licitatórios e na execução orçamentária
e financeira no âmbito dos órgãos da administração
direta e indireta do Governo do Estado.
"Estamos apurando denúncias gravíssimas. Nossa
intenção é tirar a idéia de pessoalidade,
por isso, pretendemos montada essa CPI, com outro presidente e membros
para avaliar esses contratos emergenciais", assinala Moisés.
As denuncias constam em documentos que foram entregues ao deputado
Moises Souza, que também é presidente da Comissão
de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia
da AL. As informações serão encaminhadas ao Ministério
Público Federal e Polícia Federal. "Vamos elaborar
um relatório com todos os dados que já temos e iremos
entregar para as autoridades e à população. Isso
vai permitir que muitos questionamentos e dúvidas sejam explicadas",
concluiu o deputado.
Fabíola Gomes